Diagrama da População Hipotética (Método dos 10.000)

Este método torna os números concretos e ajuda a explicar a probabilidade inversa, especialmente com eventos raros, demonstrando como um resultado positivo em um teste não garante alta probabilidade da condição se os falsos positivos forem significativos.

População Total: 10.000 pessoas

Têm a Doença

(Prob. a Priori: 1/1000)

= 10 pessoas

Não Têm a Doença

(Prob. a Priori: 999/1000)

= 9.990 pessoas

Pessoas com Doença (10):

90% Positivo (VP): 9

10% Negativo (FN): 1

Pessoas Sem Doença (9.990):

5% Positivo (FP): ≈500

95% Negativo (VN): ≈9.490

Resultado: Pessoas com Teste Positivo

Total de Positivos = Verdadeiro Positivo (VP) + Falso Positivo (FP)

= 9 + ≈500 = ≈509 pessoas


Probabilidade a Posteriori:

(doente, dado teste positivo)

~1.77%

Baixa probabilidade mesmo com teste positivo.

Resultado Discreto:

Apesar do teste positivo, a chance real de ter a doença é de apenas:

🔹 ~1% ou menos de 2%

Resumo Final em Números

10 Pessoas com a Doença
9 Verdadeiros Positivos (VP)
≈500 Falsos Positivos (FP)
≈509 Total de Testes Positivos

~1.77%

Probabilidade real de ter a doença após teste positivo

Por que é importante:

Esta abordagem permite visualizar facilmente como a realidade do teste positivo é afetada pelos falsos positivos quando a doença é rara. Apesar de um teste altamente eficaz (90% sensibilidade, 95% especificidade), a probabilidade real de que alguém com um teste positivo tenha a doença pode ser muito baixa, reforçando a importância de interpretar os resultados com cautela clínica.

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